Parabéns, muitos parabéns!
Não vos felicito pelo resultado,
Mas pela atitude!
Recordo-vos, tão pequeninas, no gira-volei, a alegria, o sorriso…sempre amigas.
As vezes em que, ainda meninas, saímos de Lamego, noite fechada, com chuva, frio e neve.
Tantas vezes!
Os torneios de Minis A, Minis B,
A Ângela, a Mariana Oliveira, a Joana e a Sara.
Das que partiram ficam as saudades.
Para as que continuaram…o trabalho, a dedicação, o sacrifício (tantos sacrifícios)!
Horas e horas de treinos, viagens. Dias, semanas, meses, anos.
Estágios, dormir no chão. Tantas noites mal dormidas!
Preocupações, organizar os pormenores, as inscrições e as fichas médicas.
O dinheiro, sempre os malditos recursos, os equipamentos, os sacos.
As quezílias, os conflitos, os problemas, as rupturas.
As dificuldades, o cansaço, a exaustão.
Afinal, este tanto de sacrifícios, é tão pouco!
Ver-vos jogar foi para mim um prazer imenso, incomensurável!
Um clímax.
Dos prazeres grandes da vida.
Desenganai-vos se pensais que me estou a referir às vossas capacidades técnicas ou tácticas.
Não são essas as vossas principais qualidades!
O que verdadeiramente me emocionou foi a entrega, a vontade, a determinação.
Quando as coisas estiveram difíceis, a fasquia demasiado alta, quando tudo correu mal:
Senti os dentes cerrados, os músculos tensos, a respiração ofegante.
As vontades acertadas, a equipa revigorada, unida, coesa, um bloco.
Senti que os vossos limites iam mais além, e além ainda, mais além do que parecia possível.
Lutaram com todas as forças do vosso ser, já não unidas, mas unas.
Cada uma de vós, fez parte de um todo e juntas buscaram uma quimera: o resultado.
Agradeço a Deus o privilégio de poder partilhar convosco esses momentos.
São para mim inesquecíveis, pelo amor que tenho por todas vós (15) atletas (incluindo a filha).
Mas onde também está a esposa e a filhinha (atletinha).
Sem esquecer todos os que partilham esta já longa viagem, pais, familiares e amigos.
Um abraço muito apertado para o José António, sempre sereno. O Nuno Magno sempre emotivo. A Teresa Fiúza sempre empenhada. O Portugal sempre disponível.
Para o Carlos (e para a Mavis), companheiro de muito anos, a partilha das alegrias e tristezas, sucessos e fracassos e o segredo cúmplice de sabermos que tudo o que demos a esta equipa fabulosa nos foi devolvido em dobro.
Aos Beneditinos Um Obrigado do tamanho do mundo, pelo tanto que dão às nossas filhas sem nada pedirem em troca.
Parabéns, muitos parabéns!
Não vos felicito pelo resultado,
Mas pela atitude!
Zé Parente
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